Tendências de RH em 2024: principais prioridades para a gestão de pessoas

Marcelo Furtado
Gestão estratégica de RH
  12 min. de leitura

Após a consolidação dos modelos flexíveis de trabalho, 2023 testemunhou o rápido avanço da Inteligência Artificial. Esse progresso desencadeou uma nova revolução nas relações profissionais, influenciando as tendências de RH previstas para 2024.

O contexto atual ainda é de adaptação. Apenas 26% das organizações já não enfrentam mais problemas relacionados aos requisitos de frequência dos colaboradores, segundo um levantamento da Gartner.  

Quanto à IA, 68% dos executivos acreditam que seus benefícios superam os riscos. Por outro lado, apenas 22% dos líderes de RH discutem o tema em todos os níveis da empresa. Além disso, 26% dos CEOs acreditam que faltam talentos alinhados às novas perspectivas do mercado.

Ou seja, estamos diante de um novo paradigma mercadológico. E esses desafios só serão superados a partir de um RH que acompanha as mudanças no mundo dos negócios. 

Mas, qual o modelo de RH nos dias atuais e as principais tendências da área para o futuro, em um cenário tão complexo?

Neste artigo, contamos quais são elas e como aplicá-las de forma eficiente na sua empresa. Continue a leitura e descubra! 😀

Por que acompanhar as tendências de RH em 2024?

Já ouviu falar em aceleração digital e disrupção digital? Ambos se referem às rápidas transformações tecnológicas que as empresas vivem atualmente. Sim, o ritmo está super veloz e não é só uma impressão. Na verdade, existe uma razão para isso. 

De acordo com a pesquisa feita pela McKinsey & Company, houve um aumento na necessidade da digitalização em decorrência dos acontecimentos sociais nos últimos anos. Isso acelerou o desenvolvimento, a adoção de tecnologias e a automação de processos

Não por acaso, voltando aos estudos da Gartner, as principais mudanças observadas na área de Recursos Humanos ao longo dos anos incluem:

  • Confiança cada vez menor entre colaboradores e empregadores;
  • Escassez de competências persistentes;
  • Rápido surgimento de tecnologias de RH transformadoras;
  • Grande pressão por eficiência apesar das mudanças radicais nos modelos de trabalho.

Transformações digitais rápidas,  pressão constante por resultados e mudanças abruptas e constantes na forma de trabalhar se tornaram uma realidade. Por isso, a Gartner também aponta que o foco dos profissionais de RH no futuro será principalmente em:

  • Revigorar a confiança entre empresas e colaboradores;
  • Repensar a cultura organizacional para criar fluxos de trabalho eficientes e adequados ao novo mundo do trabalho;
  • Investir na implementação e preparação para as tecnologias emergentes de RH;
  • Otimizar as abordagens de recrutamento e de plano de carreira para atrair e reter talentos.

Nesse contexto, conhecer as principais tendências de RH é essencial para guiar os líderes de RH na elaboração dos seus planos estratégicos de gestão de pessoas

Afinal, elas mostram  quais ações devem ser priorizadas para garantir que novas exigências do mercado, expectativas dos colaboradores e as metas da organização estejam em pleno alinhamento. Conheça-as abaixo.

Nova call to action

Quais são as principais tendências de RH em 2024?

Como você pôde ver, o RH em 2024 vai precisar lidar com as transformações digitais aceleradas e com as pressões que esses avanços provocam nas relações de trabalho. 

Nesse contexto, as tendências de RH que devem estar no radar de prioridades dos melhores profissionais do setor são: 

Foco no bem-estar dos colaboradores

No meio da gestão de pessoas muito se fala da crescente estatística de burnout, depressão e estresse no trabalho. O relatório de bem-estar feito pela Employment Hero mostra que 67% dos colaboradores sentiram tristeza ou estresse no dia anterior, causados por algum acontecimento relacionado a sua função.  

Com isso, uma inovação no RH é obter ferramentas que foquem na satisfação e saúde das equipes. Algumas ações que auxiliam na implementação dessa estratégia, são:

  • Plano de carreira;
  • Benefícios atrativos;
  • Devolutivas e feedbacks;
  • Cultura diversificada e inclusiva;
  • Flexibilização do trabalho;
  • etc. 

Esses são exemplos de como a gestão de RH pode promover o bem-estar no trabalho, mesmo que virtualmente. 

Manter a importância da cultura organizacional

Ainda sobre o levantamento da Gartner que citamos logo na introdução, 41% dos líderes de RH enxergam que o trabalho híbrido compromete a conexão dos profissionais com a cultura da empresa. 

A falta de contato presencial, as reuniões com câmeras desligadas e a comunicação via mensagem de texto causam o sentimento de desconexão do colaborador

Isso afeta diretamente a cultura organizacional, uma vez que é complexo manter os valores da empresa ativos sem uma relação interpessoal e uma comunicação bem estruturada

Por isso que, para solucionar esse problema, é essencial investir em estratégias que aproximem e fortaleçam as conexões, tanto entre funcionários como na instituição em geral. Algumas apostas, são:

  • Aplicar reuniões semanais para haver trocas de informações entre equipes;
  • Realizar gamificação;
  • Ter um mural ou grupo de compartilhamento de conquistas e/ou dificuldades;
  • Promover happy hours e momentos de descontração; 
  • entre outros. 

Uma boa proposta é aplicar um canal de feedback anônimo, onde os colaboradores podem expor suas opiniões sobre acontecimentos e desentendimentos. Isso, sem dúvida, ajuda a fortalecer a cultura organizacional e melhora a produtividade e o sentimento de pertencimento. 

RH aberto ao diálogo e a escuta empática

A escuta como ferramenta de solução de problemas continua como uma das principais tendências de RH. A cultura de feedback, que vem sendo cada vez mais valorizada, continuará em alta. 

Segundo o relatório da Tivian, apenas 14% dos profissionais acreditam que as lideranças utilizam as devolutivas de modo eficaz. Além disso, ela também mostra que 38% dos colaboradores sentem que a empresa raramente ou nunca está aberta para escutar suas ideias.

Para estar à frente da concorrência é preciso investir em estratégias que fomentem o diálogo e a empatia. Isso ajuda não apenas no bem-estar do colaborador e no clima organizacional da empresa, como também aumenta a reputação da marca perante o mercado. 

Gestão da Mudança 

Já deu para entender que um cenário de mudanças aceleradas e contínuas é o novo normal do mercado de trabalho.

O que muitos gestores não se dão conta é da fadiga que esse processo de constante adaptação gera, além das consequências dela para os resultados organizacionais. 

Esse ponto também é descrito pelo estudo da Gartner, que indica que:

  • 77% dos líderes de RH afirmam que seus funcionários estão se sentindo cansados;
  • Nesse processo, 42% dos profissionais têm menos intenção de permanecer;
  • Seus níveis de confiança estão 30% mais baixos devido ao cansaço;
  • A fadiga gera 22% menos esforço e 27% menos desempenho.

Por conta desses e outros fatores, apenas metade das transformações organizacionais são, de fato, bem-sucedidas.

Portanto, planejar com antecedência os riscos de fadiga e gerenciá-la adequadamente é uma das principais tendências de RH para impulsionar transformações de sucesso.

Para além de soft e hard: a importância das power-skills

Você já deve ter ouvido bastante sobre hard e soft skills. Mas, saiba que existe uma tendência de RH que trata sobre a combinação das duas, resultando assim na power skill

Para aplicar essa estratégia, o gestor de Recursos Humanos deve criar uma lista de competências exigidas para cada cargo e senioridade. As principais power skills vistas como diferencial no mercado de trabalho atualmente, são:

  • Autogerenciamento;
  • Colaboração;
  • Tomada de decisão;
  • Comunicação;
  • Visão Ampla;
  • Criatividade. 

Essas são habilidades que precisam tanto de conhecimento técnico quanto comportamental para serem bem aplicadas. Mas, para quase 50% das empresas, é muito difícil encontrar um profissional que esteja de fato preparado. 

Por isso, ao implementar essa inovação no RH, o setor consegue ter ferramentas para desenvolver seus colaboradores e alinhar as habilidades com seu plano de carreira.

Ou seja, ao invés de ficar procurando o talento completo, é mais vantajoso aprimorar o funcionário interno de acordo com seu desejo profissional. 

Gestão da produtividade nas empresas

Nos últimos anos, os esforços para reter, engajar e alinhar os colaboradores à cultura organizacional sempre estiveram no topo das tendências de RH.

Afinal, potencializar os talentos, mantê-los alinhados aos valores da empresa e garantir a sua satisfação em meio a um mercado tão volátil é uma prioridade para qualquer negócio que deseja manter-se competitivo.

Entretanto, em meio aos esforços para assegurar a satisfação dos profissionais, surge o desafio de estimular sua produtividade.

Para que o foco no bem-estar da equipe não atrapalhe a produtividade, é necessário observá-lo de maneira holística. Até porque, a busca por performance não deve afetar o bem-estar das pessoas nas empresas.

Assim, é essencial que o RH foque em questões como a remoção de gargalos, na recompensa de comportamentos que impulsionam a produtividade, na análise de dados, na própria otimização de atividades operacionais via IA, entre outras estratégias semelhantes.

Atenção ao recrutamento

Como falamos anteriormente, as empresas apresentam uma dificuldade para encontrar profissionais qualificados. Além deles exigirem uma remuneração maior, também há alta concorrência. 

A tendência de recrutamento e seleção do momento é apostar em contratações de juniores, para que se molde os talentos de acordo com a necessidade interna. 

A vantagem disso é que normalmente esses são profissionais que estão dispostos a se desenvolverem, aprendem com mais facilidade e não possuem uma bagagem que limite sua abertura para novas ideias. E ainda costumam ser contratações de baixo custo, ao comparar com outras senioridades. 

Assim, além de ter um profissional alinhado com as expectativas da instituição, também fortalecerá o employer branding com a promoção do plano de carreira ideal. 

Para isso, aplique outras inovações no RH. Por exemplo, faça a pesquisa de power skills, o desenvolvimento do plano de cargos e salários coerente, e a integração de funcionários para satisfação interna.

Desenvolvimento de lideranças 

Retomando o contexto de sobrecarga descrito pelo estudo da Gartner, 75% dos líderes acreditam que estão sobrecarregados por conta do crescimento de suas responsabilidades profissionais.

Além disso, 73% das lideranças não estão preparadas para lidar com as mudanças necessárias dentro das organizações.

Para solucionar esse problema, as empresas já entenderam que é necessário mais do que o desenvolvimento de competências e o uso de tecnologias. 

Além disso, também é fundamental:

  • Redefinir as expectativas da função;
  • Dar clareza aos desafios da liderança para quem aspira esse tipo de cargo;
  • Reprogramar hábitos e incentivar rotinas sustentáveis de trabalho;
  • Remover obstáculos e gargalos dos processos de liderança.

Essas tendências de RH podem até parecer simples, mas os resultados observados pela Gartner são contundentes. Confira:

  • Lideranças têm 1,4x mais chances de achar seus empregos administráveis quando as empresas focam em redefinir as expectativas dos seus cargos;
  • Investir na construção de bons hábitos melhora a capacidade de gerenciamento do trabalho das lideranças em 71%;
  • Adotar medidas para simplificar tarefas gerenciais aumenta em 1,4x a probabilidade de os líderes terem uma melhor administração sobre seus trabalhos.

Gestão de carreira e oportunidades nas empresas 

As mudanças constantes do mercado tornaram os mapas de carreira tradicionais insatisfatórios para os colaboradores, não atendendo mais as expectativas em constante evolução dos mesmos. 

Isso, combinado com altas taxas de rotatividade em um mercado de trabalho competitivo, aumenta a incerteza para os profissionais de Recursos Humanos em busca de encontrar e reter  talentos 

Tanto que a Gartner aponta que 89% dos líderes de RH reconhecem a falta de clareza nos planos de carreira de suas organizações. Além disso, 66% deles têm a preocupação de que os caminhos de carreira oferecidos não sejam convincentes para grande parte dos colaboradores.

Para lidar com essa complexidade, as empresas estão adotando abordagens adaptativas para o planejamento de carreiras. Isso envolve a quebra do trabalho em ciclos curtos e interações frequentes. 

Além disso, os projetos de carreira adaptativos não apenas oferecem informações sobre possíveis trajetórias, mas também fornecem ferramentas práticas para que as pessoas adquiram experiência.

Essa abordagem adaptativa aumenta a confiança dos profissionais em suas escolhas de carreira. Além disso, ela contribui para resultados mais eficazes em termos de desenvolvimento de talentos.

RH digital: a Tecnologia continua sendo uma grande aposta para o RH 

A era do RH 4.0 não permite que a tecnologia se torne obsoleta no mercado. Continuar buscando novas ferramentas e softwares de RH para promover a transformação digital é essencial. 

É por meio delas que você facilita e organiza os processos, dando foco a todas as necessidades da empresa, sem que as operações fiquem defasadas. 

Com a plataforma da Convenia, por exemplo, o Recursos Humanos ganha:

  • Controle da gestão de admissão, demissão e férias;
  • Segurança da informação;
  • Automação de tarefas;
  • Visualização e organização dos colaboradores;
  • Uso estratégico de dados, por meio de relatórios personalizados;
  • Integração entre setores.

Essa é uma excelente forma tornar seu RH estratégico, já que toda a operação estará centralizada, padronizada e digitalizada. 

Planner RH e DP 2024

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