O modelo de gestão é um ponto fundamental a se analisar quando o assunto é motivação de funcionários. Muitas corporações apostam em bônus financeiros como forma de reconhecer o trabalho de seus colaboradores.
No entanto, muitas delas acabam pecando nas formas de avaliar e prestigiar seus empregados, o que pode acabar prejudicando o desempenho deles ao invés de motivá-los, indo contra todo o planejamento desenvolvido pelo setor de recursos humanos.
Veja neste texto quais são os modelos de gestão adotados pelo mercado de hoje e como escolher o melhor para a sua empresa.
O que é um modelo de gestão?
Ser responsável pela gestão de pessoas é um papel desafiador. Porém, é extremamente gratificante se o gestor encontrar um modelo de gestão que tenha sua personalidade, atenda às necessidades da empresa e agrade os colaboradores.
Um modelo de gestão é o caminho que um líder escolhe percorrer a fim de administrar recursos humanos e financeiros na empresa. É como um estilo, que pode ser inspirado em modelos já existentes ou mesmo ser personalizado de acordo com o indivíduo.
Existem diversos fatores — pessoais, internos e externos à empresa — que conseguem influenciar um modelo de gestão. Entre eles estão:
- valores e ideais pessoais;
- personalidade do gestor;
- metas de produção da empresa;
- tamanho da equipe;
- perfil dos profissionais liderados;
- cultura organizacional;
- políticas internas da empresa;
- cenário socioeconômico;
- competitividade do mercado.
Quais os principais modelos de gestão utilizados?
Considerando os diversos fatores que definem um modelo de gestão, existem alguns já bem delineados e utilizados no mercado corporativo. São modelos já estudados e que passaram a ser adotados por diversos profissionais ao redor do mundo. Apesar de cada gestor poder montar seu próprio estilo, esses modelos servem como base e inspiração para líderes. Veja alguns deles abaixo.
Gestão democrática
Nesse modelo de gestão, os colaboradores têm voz ativa para participar da tomada de decisões. Por isso, também é conhecido por gestão participativa.
Entre os aspectos positivos de adotar uma gestão democrática estão a valorização do capital humano e a comunicação aberta entre a equipe. Isso faz com que os profissionais fiquem mais engajados com os resultados e trabalhem suas capacidades de criatividade e inovação para ajudar a gestão.
Por outro lado, é preciso conhecer o time e saber se há um nível de maturidade suficiente para que as ideias sejam debatidas e que se encontre o melhor caminho em tempo hábil.
Gestão meritocrática
Na gestão meritocrática, o gestor recompensa os colaboradores individualmente por seu desempenho. Nesse modelo, é preciso aplicar técnicas eficientes de reconhecimento de competências, a fim de que não se torne injusto.
O principal benefício desse modelo é a alta produtividade, já que cada um dará o melhor de si para ser recompensado. Em contraponto, isso pode gerar uma alta competitividade se não for controlado, prejudicando o clima organizacional.
Gestão com foco em resultados
Empresas em rápido crescimento costumam adotar esse modelo. Nele, o gestor não atenta para os processos que estão sendo realizados, mas, sim, aos resultados que precisam ser obtidos de maneira imediata.
É uma estratégia para organizações que estão passando por uma crise e precisam resolver situações delicadas de forma rápida. No entanto, é fundamental estabelecer um padrão de conduta para que nada seja feito fora da ética da empresa.
Gestão com foco em processos
Mais um modelo de gestão bastante popular é o que tem o foco nos processos. A gestão se importa menos com o tempo e mais com a eficiência e a eficácia do que está sendo feito. Apesar de levar mais tempo para avançar nos resultados, esse modelo é interessante por diminuir o índice de erros e aprimorar o trabalho realizado.
Como escolher o modelo de gestão ideal e qual a importância disso?
Prestigiar e bonificar funcionários de acordo com metas e resultados alcançados é, na maioria das vezes, o modelo de gestão adotado. Todavia, deve ser observado o quanto um único funcionário pode ser responsável pelas realizações dentro de uma empresa, já que, em muitos casos, atingir metas depende do trabalho de um grupo como um todo.
Sendo assim, dificilmente um funcionário aplicado, responsável e produtivo conseguirá receber algum tipo de reconhecimento se fizer parte de uma equipe que não segue seu modo de trabalho. Isso acaba desmotivando o colaborador (que é empenhado, mas não atinge metas em tarefas em equipe), trazendo resultados contrários ao que se propõem as estratégias de RH.
O grande desafio dos gestores fica, portanto, na criação de avaliações de desempenho e de metas reais — tanto aplicadas a grupos como a trabalhadores individuais. Além disso, é preciso garantir a disponibilidade de um suporte adequado de trabalho para os funcionários. Desta forma, eles se tornarão mais motivados (por trabalharem com metas que se julguem capazes de atingir) e confiantes (por terem as ferramentas que necessitam para aprimorar suas tarefas).
O ideal é que gestores e colaboradores possam se ajudar na definição de métricas, a fim de construir um modelo de gestão que permita que resultados individuais sejam reconhecidos e premiados. Trabalhadores com necessidades diferenciadas devem, também, ser avaliados de maneira diferenciada.
Esperamos que este conteúdo tenha ajudado você a encontrar um modelo de gestão adequado às necessidades da sua empresa e aos seus objetivos pessoais. Não deixe de considerar os diversos fatores envolvidos em cada modelo e buscar o equilíbrio que vai garantir um ótimo desempenho.
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