Lazy job: o que é a nova tendência da geração Z que pode impactar as empresas?

Marcelo Furtado
Experiência do Colaborador
  7 min. de leitura

Após se popularizar no TikTok, o termo Lazy Job ganhou bastante repercussão no mercado de trabalho e entre os profissionais de RH, colocando ainda mais em evidência as demandas de toda uma nova geração de talentos.

Essa expressão pode ser traduzida como “trabalho preguiçoso”, mas seu real significado passa bastante longe disso. Na verdade, a ideia é propor uma nova visão sobre o mercado de trabalho, em que a produtividade pode ser aliada do bem-estar e do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. 

Quer entender melhor o que é Lazy Job, como a expressão surgiu, sua relação com a atual geração de trabalho, além dos prós e contras que esse conceito oferece para os colaboradores e para o RH? Explore todos os detalhes a seguir! 😉

O que é “Lazy Job”?

Em termos gerais, o conceito de Lazy Job visa estimular os profissionais a buscarem ocupações que ofereçam mais bem-estar e qualidade de vida. A ideia é trabalhar para entregar exatamente aquilo que foi combinado com a empresa, sem sobrecargas ou rotinas desgastantes, garantindo um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional. 

Ou seja, a proposta é que as pessoas não se submetam a ambientes desgastantes, deixem de fazer horas extras em excesso e nem fiquem afastadas de seus afazeres pessoais e de suas famílias por muito tempo.

Hoje em dia, diversas pessoas e empresas já conseguem praticar essa forma de trabalho, seja por meio de horários flexíveis e rotinas híbridas ou remotas, por exemplo. Além desse equilíbrio e flexibilidade, os adeptos do Lazy Job também defendem que as pessoas devem receber bem pelo seu trabalho, já que ele será cumprido dentro das expectativas acordadas junto à organização.

O modelo visa não só resguardar a saúde física e mental dos trabalhadores, mas também seu bem-estar financeiro. Tudo isso sem abrir mão da produtividade e das entregas necessárias para o sucesso dos negócios.

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A Geração Z e o Lazy Job

O termo Lazy Job ganhou popularidade após viralizar no TikTok. Na verdade, ele foi adaptado da hashtag “lazygirlsjob”, utilizado pela usuária Gabrielle Judge ao relatar sua experiência profissional. Formada em Ciência da Computação e com 26 anos, ela compartilhou alguns dos seus incômodos, logo depois da euforia de conseguir seu emprego dos sonhos.

Por conta do bom desempenho, ela conseguia terminar tudo o que tinha para fazer antes das 8 horas diárias. Contudo, tinha que permanecer no trabalho mesmo assim. Além do tempo ocioso, ela ainda tinha que realizar muitas reuniões online, sendo que era exigido que se deslocasse até uma sala privativa da empresa para participar desses intermináveis encontros em frente à tela.

Percebendo que poderia ter um modelo de trabalho melhor, que valorizasse sua produtividade, mas sem “prendê-la” às jornadas e rotinas engessadas da organização, Gabrielle desistiu do emprego. Relatando sua experiência, ela cunhou o termo “lazygirlsjob”, que logo foi adaptado para “Lazy Job” para que pudesse ser usado por todos.

A repercussão foi grande porque as pessoas identificaram seu propósito, com destaque para a Geração Z, que valoriza a busca por mais liberdade, qualidade de vida e menos estresse e cansaço.

Capaz de realizar várias funções ao mesmo tempo e de se adaptar a diferentes cenários, essa geração não vê sentido em perder tempo no trânsito, ficar além do horário ou lidar com jornadas sem flexibilidade. No lugar de rotinas burocráticas e estáveis, os talentos da Geração Z querem viver novas experiências, ter um estilo de vida livre e se reinventar. Assim, essas pessoas priorizam trabalhos que:

  • Que tenham uma cultura organizacional que os motivem;
  • Incentivem o seu desenvolvimento;
  • Permitam diversificar suas opções profissionais;
  • Paguem de forma justa pelo trabalho realizado;
  • Respeitem seu equilíbrio de vida e bem-estar físico e mental.
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Quais são os pontos bons e ruins dessa nova tendência?

Assim como outras tendências relacionadas ao mercado de trabalho, como o Quiet Quitting, por exemplo, as discussões que ocorrem nas redes sociais têm influenciado significativamente o comportamento dos profissionais.

Os talentos da Geração Z são os mais presentes nessas plataformas e, para potencializar suas qualidades e utilizá-las em prol das organizações, os profissionais de RH precisam estar atentos às demandas e temas de interesse.

Contudo, apesar dos ganhos propostos pelo modelo de Lazy Job, nem todos os enxergam com bons olhos. Entenda melhor seus prós e contras:

Contras

Quando tratamos sobre os prós e contras do Lazy Job, o primeiro ponto negativo está no próprio uso do termo. Isso porque, o significado literal de “emprego preguiçoso” pode sugerir algo negativo. Ou seja, que os adeptos ao conceito não tenham gosto pelo trabalho ou que não queiram se dedicar, o que pode motivar críticas.

Isso também fomenta a discussão de que o Lazy Job prejudicaria a vontade de crescer na carreira, sendo que modelos remotos ou flexíveis poderiam afetar o engajamento dos talentos e, consequentemente, sua motivação.

Se fosse o caso, isso seria prejudicial não só às empresas, mas também para os colaboradores, que se tornariam acomodados e sem perspectivas de desenvolvimento. No entanto, lembre-se que a origem do termo é uma hashtag, linguagem comum nas redes sociais com termos populares. A Geração Z sabe diferenciar a origem semântica das reivindicações sérias e justas.

Prós

A popularização do Lazy Job é uma resposta à crescente insatisfação das novas gerações de trabalhadores com seus modelos de trabalho. Como citamos, ele surgiu com a ocupação da Geração Z no mercado, que se preocupa muito mais com sua qualidade de vida do que com cargos estáveis e tradicionais.

Em um mundo cada vez mais digital, ainda é possível ser produtivo e agregar valor às empresas sem abrir mão de rotinas flexíveis. As pessoas não veem mais sentido em passar horas no trânsito, fazer inúmeras horas extras, ter tempo ocioso nas empresas ou se desgastar no trabalho para ganhar pouco.

Inclusive, essa não só é uma demanda justa da nova geração de profissionais, como também um movimento que pode beneficiar as organizações. Afinal, ao entender e implementar os fundamentos do Lazy Job, é possível atrair talentos mais adaptáveis, diversos, propensos à inovação e que se engajam em um nível mais profundo em funções em que enxergam propósito.

Portanto, esse é um bom caminho para obter uma relação de ganhos mútuos, em que os negócios podem manter equipes mais motivadas, produtivas e engajadas, enquanto os colaboradores têm rotinas flexíveis, adequadas ao seu estilo de vida e com boa remuneração.

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