Inteligência Emocional no trabalho: 5 dicas práticas para desenvolver hoje mesmo

Marcelo Furtado
Experiência do Colaborador
  9 min. de leitura

A inteligência emocional no trabalho se refere à capacidade de reconhecer, entender e gerenciar as próprias emoções, bem como as dos outros. Atualmente, ela se tornou uma das competências mais valorizadas pelas organizações. Afinal, no ambiente de trabalho, as emoções estão presentes em todas as interações.

Seja nos relacionamentos interpessoais, nas negociações, na tomada de decisões ou na resolução de conflitos, é importante saber lidar com elas de forma eficaz. O livro “Inteligência Emocional 2.0”, publicado pela TalentSmart, traz um estudo que revela uma informação interessante: a inteligência emocional é responsável por 58% do desempenho de um profissional

Além disso, 9 em cada 10 profissionais de alto desempenho tem essa habilidade bem desenvolvida.

Mas o que é inteligência emocional no trabalho exatamente? Por que ela é tão importante? Como desenvolvê-la? Confira as respostas nos próximos tópicos! 😉

O que é inteligência emocional no trabalho?

Uma das melhores definições sobre a inteligência emocional foi feita por Daniel Goleman – psicólogo e PHD da Universidade de Harvard – no seu best sellerInteligência Emocional”. Segundo ele, essa habilidade envolve a capacidade de gerenciar sentimentos para que sejam expressados de modo eficaz e apropriado.

Administrar as emoções, conforme explicado no livro, é essencial para o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo. Porém, ainda de acordo com Goleman, para a inteligência emocional fazer parte da nossa personalidade, é preciso que esteja sobre cinco pilares:

  1. Autoconsciência: trata-se da capacidade de reconhecer e compreender suas próprias emoções, pensamentos e comportamentos;
  2. Automotivação: refere-se ao impulso interno que direciona e sustenta a busca por metas, superando desafios e mantendo o foco mesmo diante de obstáculos;
  3. Autorregulação: envolve o controle consciente das emoções, evitando reações impulsivas e agindo de maneira equilibrada nas situações apresentadas;
  4. Empatia: é a habilidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo e compartilhando seus sentimentos para favorecer o entendimento mútuo;
  5. Habilidades sociais: aptidão para interagir com os outros, criando relacionamentos saudáveis, comunicando-se claramente e resolvendo conflitos de maneira construtiva.

Você deve ter notado que os 3 primeiros pilares da inteligência emocional estão mais ligados ao nível pessoal do colaborador. Eles evidenciam que o controle emocional só é possível quando o indivíduo conhece e administra adequadamente o seu “eu” interno.

Já as 2 últimas competências são alcançadas quando esse autoconhecimento é atingido. Afinal, o sentido de ambas é mais externo, referindo-se a como a pessoa consegue lidar com quem está ao seu redor.

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Qual é a importância da inteligência emocional no mundo corporativo?

Quando um profissional tem inteligência emocional, são grandes as chances de ter uma carreira bem sucedida. Um dos motivos para isso é a capacidade de enfrentar desafios com resiliência – algo fundamental no mundo corporativo. Outra razão se deve a facilidade em lidar com colaboradores e clientes.

Podemos citar também o controle de emoções negativas. Esse comportamento vindo da inteligência emocional é importante porque derruba entraves emocionais que podem prejudicar o profissional e a sua equipe.

Além desses fatores, há uma série de outros benefícios que justificam a importância da inteligência emocional no trabalho, como:

  • Melhora na produtividade: profissionais com essa skill são mais propensos a serem produtivos, pois conseguem gerenciar o tempo de forma eficaz, lidar com o estresse e manter o foco;
  • Comunicação assertiva: o equilíbrio para lidar com as emoções também permite se comunicar de forma eficaz, o que pode levar a melhora do relacionamento com colegas, clientes e superiores;
  • Resolução de conflitos: a inteligência emocional no trabalho aumenta a propensão para resolver conflitos de forma construtiva, criando um ambiente de trabalho mais harmonioso;
  • Clima organizacional: um ambiente mais produtivo, pautado por uma comunicação positiva e sem conflitos mal resolvidos tende a ser melhor para trabalhar, impactando positivamente na satisfação e desempenho de toda equipe.

Atitudes que ajudam a desenvolver a inteligência emocional

Separamos algumas atitudes que podem ajudar os profissionais a chegarem mais perto de  gerenciar suas emoções. Possibilitando, assim, o aparecimento de mais oportunidades e até de reconhecimento no ambiente corporativo.

Fale sobre o que incomoda

Situações de estresse no ambiente de trabalho não devem ser ignoradas até que não sejam mais lembradas. O ideal é que quem se sente incomodado avalie bem qual foi o tipo de atitude ou situação que, de fato, lhe causou um dissabor – podendo, dessa forma, conversar sobre o assunto e encerrá-lo por completo.

Observação é fundamental

É importante estar atento aos sinais, às emoções e ao comportamento de quem trabalha com você. Dessa forma, busque identificar o que pode estar acontecendo de errado ou até o que possa estar sendo escondido.

Fique atento na sua capacidade de influenciar

Prestar atenção no tipo de assunto ou afirmação que faz com que os outros concordem com você, mesmo que sutilmente. Esse é o tipo de capacidade que pode servir de base para a construção de uma carreira de sucesso e, por isso, deve estar sempre no seu foco de atenção.

Saiba que o seu sucesso também depende dos outros

Ter em mente que o seu trabalho sempre precisará do apoio e da colaboração de outras pessoas é essencial para o sucesso, e ter empatia e respeito com seus colegas é a melhor forma de se adaptar a diferentes necessidades e cenários (que levam em conta os seus colegas) para realizar um bom trabalho e ser reconhecido por isso.

Pense mais em soluções do que em problemas 

Ser proativo na busca por soluções é uma marca de profissionais emocionalmente inteligentes. Por isso, ao enfrentar desafios, direcione sua energia para buscar soluções eficazes em vez de se concentrar nos problemas. 

Desenvolver a capacidade de encontrar caminhos positivos diante de obstáculos não apenas fortalece sua skill, mas também contribui para um ambiente laboral mais produtivo e inovador. 

Desenvolva sua persuasão 

Saber como desenvolver a inteligência emocional no trabalho também envolve conseguir administrar as emoções alheias. Para isso, é importante ter uma boa capacidade persuasiva. Mas atenção: persuadir é diferente de manipular, pois envolve saber usar os argumentos certos para convencer pessoas de diferentes perfis, considerando suas demandas emocionais e buscando ganhos mútuos.

5 dicas sobre inteligência emocional para o RH aplicar na jornada de trabalho

O RH, em especial, precisa criar estratégias para o desenvolvimento da inteligência emocional no trabalho. Como fazer isso? Vamos a algumas dicas:

1- Construa a motivação nas equipes

De acordo com uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Yale, quando profissionais são motivados a trabalharem em equipes, é mais fácil desenvolver emoções positivas – um aspecto da inteligência emocional. O resultado é o aumento da produtividade interna.

2- Realize dinâmicas

Dinâmicas em grupo são ferramentas importantes para o desenvolvimento da inteligência emocional no trabalho. Nesse tipo de treinamento podem ser incluídos jogos e atividades que estimulem o autoconhecimento, empatia, interação, autocontrole e a automotivação dos participantes.

3- Fortaleça a comunicação

O RH pode implantar a cultura do feedback para melhorar a comunicação entre os gestores e as equipes. O objetivo é apontar o que cada profissional precisa melhorar para desenvolver a inteligência emocional. Todos devem ser incentivados a fazerem críticas construtivas e elogios sinceros.

4- Mensure habilidades

Conforme dito, a inteligência emocional é embasada em algumas habilidades. Com a ajuda de um software de gestão comportamental, o RH consegue mensurar o nível dessas habilidades dos colaboradores. Desse modo, é possível criar estratégias para desenvolvê-las nas equipes.

5- Promova a cultura de feedback

Voltando à importância dos feedbacks, tenha em mente que eles são essenciais para evitar maus comportamentos e evidenciar quais atitudes o RH espera por parte dos membros da equipe. 

Afinal, ao obter avaliações realistas e respostas claras sobre o que entregam, as pessoas colaboradoras entendem melhor quais caminhos devem seguir para evitarem erros e fortalecerem a cultura organizacional.

O ideal é que os líderes deem suporte ao RH em relação aos feedbacks, garantindo que sejam relevantes, construtivos e alinhados à realidade observada na rotina laboral.

Guia Reunião 1:1 para RH Gestores e Pessoas Colaboradoras

Conclusão

A inteligência emocional no trabalho é uma habilidade essencial para o sucesso empresarial. Profissionais com essa competência desenvolvida são mais propensos a serem produtivos, a construir relacionamentos positivos e a tomar decisões eficazes.

Por isso, cabe aos talentos investir na sua própria habilidade de reconhecer, compreender e gerenciar emoções, tanto pessoais, quanto alheias.

Além disso, as organizações também podem contribuir para o desenvolvimento da skill de seus colaboradores, oferecendo suporte por meio do RH e criando um ambiente que estimule e valorize essas habilidades.

Perguntas Frequentes 

Existe uma relação entre inteligência emocional e liderança eficaz?

As habilidades de um bom líder não dizem respeito apenas às suas atribuições técnicas. Acima de tudo, as lideranças precisam manter um bom relacionamento com todas as equipes, estarem à disposição dos colaboradores e saber como motivá-los no dia a dia.

As habilidades interpessoais estão ligadas à inteligência emocional no trabalho. Elas ajudam na gestão do estresse em cargos de liderança e no desenvolvimento de uma gestão de pessoas mais empática e equilibrada.

Há diferenças de abordagem na aplicação da inteligência emocional no home office?

A aplicação da inteligência emocional no home office tem desafios distintos em relação ao trabalho presencial. Para começar, a distância física intensifica dificuldades de comunicação, que muitas vezes ocorrem de maneira assíncrona.

Processos como avaliações e feedbacks também exigem uma abordagem mais cuidadosa, para não serem impessoais e passíveis de más interpretações. Para os colaboradores que trabalham de casa, ainda há um maior esforço para separar questões pessoais e profissionais.

Desenvolver inteligência emocional no trabalho exige capacidade de adaptação e jogo de cintura. A implementação de tecnologias adequadas permite ao RH lidar com desafios do ambiente remoto.

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