Remuneração estratégica é uma forma de premiar dentro da empresa os colaboradores que apresentam bom desempenho. A empresa pode fazer essa compensação por meio de adicionais, bonificações ou recompensas financeiras (pagamentos). Em qualquer dos casos, a ideia é remunerar as pessoas que mais contribuem para o sucesso da companhia.
Você tem um negócio próprio e obteve um rápido crescimento. Ou trabalha no RH de uma organização que se enquadra nesse cenário. Em empresas assim, não raro, vemos a adoção da remuneração estratégica.
Isso ocorre porque é preciso melhorar a qualidade dos produtos e serviços e reter talentos. Ou seja, ao mesmo tempo em que é necessário se preocupar com o atendimento aos clientes, você também precisa pensar na sua equipe interna se quiser crescer de modo sustentável.
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É aí que remuneração estratégica pode fazer a diferença. Para explicar melhor sobre este conceito, neste artigo vamos trazer os 6 tópicos mais importantes sobre o assunto. Veremos o que ele significa, como funciona, de que forma impacta os colaboradores e quais são as vantagens, desvantagens e desafios do modelo.
Vamos lá?
1. O que é remuneração estratégica?
A remuneração estratégica é uma forma de premiar dentro da empresa os colaboradores que apresentam bom desempenho. A empresa pode fazer essa compensação por meio de adicionais, bonificações ou recompensas financeiras (pagamentos).
Em qualquer dos casos, a ideia é remunerar as pessoas que mais contribuem para o sucesso da companhia.
Com esse modelo de reconhecimento de esforços, a empresa estimula o aumento da produtividade e o bom desempenho de seus colaboradores. Além disso, essa ferramenta incentiva a motivação dos talentos, já que premia de acordo com a contribuição individual.
2. Como funciona?
A remuneração estratégica é formada por um valor fixo e outro variável. O primeiro está relacionado diretamente ao cargo ocupado pelo colaborador, o que engloba vencimentos, auxílio à saúde e vale-alimentação.
Já o segundo tem sua recompensa proporcional ao desempenho individual do colaborador. Ela pode ser monetária — como participação nos lucros e/ou resultados, bonificações, comissões — ou em forma de benefício — como no caso de folgas, liberação para capacitação, etc.
De modo geral, as 3 principais estratégias para esse tipo de remuneração são:
- benefícios não monetários — são as remunerações indiretas, como cursos de aperfeiçoamento e folgas extras;
- participação nos lucros e resultados — tem natureza não salarial e remunera todos os colaboradores igualmente, ignorando o desempenho deles;
- gamification — é uma estratégia voltada para os mais jovens e que tem a competição interna como base. É preciso estabelecer regras claras e objetivos, além de evitar conflitos internos. Isso pode ser feito, por exemplo, ao definir metas de curto prazo em 4 níveis (individual, para a equipe, para o setor ou para a empresa).
É importante que a performance dos colaboradores seja mensurada por meio de ferramentas de avaliação de desempenho. O resultado indica a participação de cada um na estrutura organizacional.
3. Como a remuneração estratégica impacta os colaboradores?
Essa prática é percebida de diferentes maneiras pelos colaboradores. Aqueles com perfil competitivo conseguem trabalhar sob pressão e são orientados para resultados. Por isso, tendem a se adaptar melhor a esse estilo de gestão.
Por outro lado, pessoas com menos senso de competitividade e que têm dificuldade de lidar com imprevistos e estresse podem preferir outros formatos de remuneração, que privilegiem o valor fixo.
Isso significa que é importante que você pense bem na hora de implementar a ferramenta. Identifique os perfis profissionais existentes na equipe e os possíveis impactos decorrentes dessa prática.
Afinal, para alguns funcionários esse modelo de compensação financeira por resultado soa como desafiador e é um estímulo motivacional. Já para outros pode parecer uma carga excessiva de pressão.
4. Quais são as vantagens do modelo?
O primeiro benefício percebido é o aprimoramento do desempenho individual dos colaboradores. A partir do momento em que a empresa tem seus objetivos definidos e traça metas organizacionais e individuais para alcançar o que deseja, os profissionais tendem a empregar mais esforços por reconhecerem a recompensa.
Eles também percebem que há uma valorização do trabalho realizado, o que aumenta o engajamento da equipe. Ou seja, as pessoas se sentem partes integrantes do negócio e sabem exatamente de que forma contribuem para o alcance dos objetivos. Sem contar que há uma vantagem financeira, já que a remuneração fixa é complementada pela parte variável.
Para a empresa, esse cenário aumenta a possibilidade de o negócio obter resultados positivos e, consequentemente, elevar o lucro. É importante destacar ainda que os valores pagos a título de recompensa impactam somente o custo variável, já que o colaborador recebe pelo que efetivamente produziu.
Assim, a remuneração estratégica se torna um método de retenção de talentos e atração de novos colaboradores, sem necessidade de elevar os custos, mas com um bom retorno positivo.
5. Quais são as desvantagens do modelo?
O estímulo à competição entre os colaboradores (devido à remuneração variável) pode levar a conflitos internos, o que tende a prejudicar o clima organizacional. Além disso, a busca por ganhos financeiros mais elevados tem a possibilidade de ocasionar ansiedade e danos à qualidade de vida no trabalho.
Ao mesmo tempo, pode prejudicar o convívio familiar do colaborador. Isso resulta em problemas pessoais que afetam a produtividade no trabalho e também pode aumentar o número de ausências e faltas. A consequência é um impacto negativo nos resultados.
Outra questão relevante é que, ao implementar essa prática, sua descontinuidade tem efeitos altamente negativos, inclusive a desmotivação e a perda de produtividade. Para minimizá-los é necessário investir em políticas complementares que valorizem as pessoas.
6. Quais os desafios?
A principal dificuldade é equilibrar a contrapartida financeira com a qualidade de vida dentro e fora da empresa. É necessário um olhar para dentro da organização e conhecer os perfis profissionais, como eles podem se adaptar ao sistema e como deveriam ser sensibilizados para se engajarem na busca por resultados positivos.
Também é preciso que, ao aplicar essa prática, você consiga mantê-la durante longo prazo para não desmotivar e diminuir a produtividade da equipe e cair no descrédito.
Dessa forma, a remuneração estratégica é uma tendência de mercado que visa potencializar e extrair a produtividade dos colaboradores. Ela estimula a meritocracia, porque permite ao colaborador receber vencimentos fixos e variáveis como contrapartida ao seu desempenho.
Esta também é uma ótima opção para empresas que buscam elevar sua competitividade no mercado, pois premia de acordo com os resultados alcançados. Por isso, alie o bem-estar da sua equipe ao sistema para que os resultados sejam duradouros e os profissionais se mantenham saudáveis e motivados.
Gostou de saber como a remuneração estratégica pode auxiliar sua empresa? Deixe sua opinião sobre o assunto escrevendo um comentário.