Competências profissionais: as 8 mais exigidas pelo mercado

Marcelo Furtado
Treinamento e Desenvolvimento
  13 min. de leitura

A grande quantidade de inovações e mudanças surgidas ao longo dos últimos anos no mercado formaram um cenário novo e único no mundo corporativo. Isso fez com que trabalhadores de todos os tipos de atuação tivessem que se atualizar para permanecer à frente de seus concorrentes. Com isso, uma série de novas competências profissionais passaram a ser exigidas para a contratação de novos colaboradores.

Afinal, elas são essenciais para quem deseja uma boa colocação no mercado atual, cada vez mais tecnológico e constantemente renovado. Mas quais são essas competências e como desenvolvê-las?

Confira, neste artigo, cada tipo de competência profissional que está em alta e saiba como a empresa deve contribuir para que os colaboradores se adaptem, cresçam e se desenvolvam.

O que são competências profissionais?

Alguns dicionários definem a palavra competência como o conjunto de habilidades, saberes, conhecimentos e a capacidade de fazer alguma coisa; aptidão. 

Aplicando no contexto empresarial, especificamente nas competências profissionais, o significado do termo é um pouco mais abrangente.

De acordo com o livro “O modelo da competência: trajetória histórica, desafios atuais e propostas”, escrito por Eric Roland Rene Heneault e Philippe Zarifian, a competência profissional é:

  • A tomada de iniciativa e responsabilidade do profissional diante das situações que se confronta;
  • Uma inteligência prática embasada nos conhecimentos adquiridos;
  • A faculdade de mobilização e compartilhamento de desafios.

Dentro desses critérios, a competência profissional se flexibiliza diante da individualidade das pessoas. Sendo assim, uma empresa pode ter colaboradores competentes, mas com perfis distintos. Essa variedade é um tesouro para as organizações.

Afinal, um time de alto desempenho, com diferentes habilidades e competências, é a receita para serviços de qualidade, lucratividade, inovação e solidez da marca diante da concorrência.

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Quais são as competências profissionais mais exigidas pelo mercado atualmente?

Existem 3 tipos de competências que são avaliadas pelos recrutadores:

  • Organizacionais: visão estratégica, trabalho em equipe, visão sistêmica, etc.
  • Técnicas: conhecimentos em informática, em ferramentas específicas (Excel, Software erp, proficiência em inglês, etc.
  • Comportamentais: flexibilidade, criatividade, comprometimento, etc.

Para tomar as melhores decisões, os recrutadores e gestores devem saber equilibrar os 3 tipos de competências e avaliar corretamente os candidatos em um processo de recrutamento e seleção. Afinal, buscar apenas a competência técnica não é mais o suficiente para a construção de uma equipe de sucesso. 

Com isso, existem algumas competências específicas que têm sido cada vez mais buscadas e exigidas pelo mercado. Confira abaixo quais são elas:

1. Conhecimento de novas tecnologias e tendências

Os profissionais devem se manter antenados com os principais produtos e lançamentos tecnológicos do mercado, sabendo utilizar as ferramentas que podem ser úteis em sua área de atuação.

Assim, a empresa não terá tantos desafios ao implementar novas ferramentas e softwares nas rotinas organizacionais, tornando o processo de integração tecnológica mais ágil e eficiente. 

2. Aprendizado constante

Não basta ter apenas conhecimento sobre sua área. O aprendizado e a atualização constante são itens altamente relevantes. Como já dito, o mundo corporativo avança cada vez mais com mudanças e inovações constantes e os profissionais precisam acompanhar esta nova era.

O colaborador precisa  se aperfeiçoar com cursos, palestras, eventos e outras atividades que possam contribuir com seu crescimento profissional. Assim, ele estará mais preparado para se adaptar às mudanças e agregar mais valor ao seu papel na organização. 

3. Relacionamento e comunicação interpessoal

A comunicação clara é a palavra-chave para um bom ambiente de trabalho, e deve ser tanto entendida como executada. Saber expor e argumentar as ideias de forma clara e objetiva é um dos requisitos mais procurados pelas organizações.

Não saber se comunicar ou não se relacionar bem com gestores e colegas de equipe pode gerar diversos transtornos no clima organizacional de uma empresa, além de afetar a entrega de resultados. Por isso, é de extrema importância que os profissionais tenham uma comunicação eficaz, transparente e objetiva.

4. Trabalho em equipe

Saber trabalhar em equipe é fundamental para unir os colaboradores para caminharem em um só objetivo. Assim, é possível que ninguém se sobrecarregue e entenda o seu papel individual para juntos alcançarem as metas propostas. 

Isso irá melhorar o clima organizacional da empresa, diminuirá os conflitos e trará melhores resultados. Por isso, essa qualificação é valiosa e tem sido cada vez mais procurada em processos seletivos.

5. Visão global

É preciso estar inteirado sobre as mais diversas mudanças econômicas, sociais e políticas de todo o mundo, podendo antecipar mudanças e ficar atento aos impactos que um acontecimento pode gerar.

Se trata da capacidade de enxergar de forma minuciosa tudo o que pode gerar valor a empresa sem colocar as fronteiras como empecilho, mas se informando sobre tudo o que há de inovador no mundo corporativo global, sejam fatores de produtividade ou modelo de negócios. 

6. Automotivação

Nem sempre os líderes têm a capacidade de motivar suas equipes da melhor maneira e, por isso, ter motivação própria é essencial nos dias de hoje. Com essa competência, o profissional pode encontrar em si mesmo motivos para ter disposição e realizar sua função na empresa com excelência. 

Assim, é possível manter o foco, alcançar objetivos e proporcionar melhores resultados. Se trata de um comprometimento consigo mesmo, sem que o colaborador dependa 100% da motivação de seus líderes ou colegas de equipe.

7. Equilíbrio emocional

Cada vez mais competitivo e desafiador, o mercado de trabalho necessita de profissionais que saibam manter o equilíbrio emocional e não deixem que pequenos problemas afetem a sua atuação. Afinal, existe uma pressão diária no ambiente corporativo que pode agravar problemas psicológicos como a ansiedade.

Por isso, o RH busca cada vez mais colaboradores que saibam lidar com a pressão, mantendo o equilíbrio de emoções, gerando produtividade e desempenho mesmo em meio aos desafios e problemas comuns no dia a dia de trabalho.

8. Capacidade de inovação

Sair da zona de conforto e apostar em ideias inovadoras é algo altamente procurado  e reconhecido no mercado de hoje. Ter a capacidade de inovar em diversas situações é a competência ideal para superar os obstáculos e resolver os imprevistos que surgem diariamente nas rotinas de trabalho. 

Com isso, o profissional consegue utilizar os recursos que ele já possui para enfrentar os desafios e inovar em novas formas de trabalho, sem se prender aos métodos usuais. 

Quais características um profissional não deve ter?

Falamos sobre as competências profissionais que as empresas mais têm buscado. Mas, quais características essas organizações têm evitado em processos seletivos? Selecionamos algumas delas. Confira:

  • Arrogância: profissionais prepotentes que não sabem ouvir feedbacks e trabalhar em equipe;
  • Conformismo: pensar que o que já aprendeu é o bastante e permanecer na zona de conforto atrapalham o desenvolvimento da empresa;
  • Emotividade: atrapalha tomadas de decisões e pode influenciar quando se deve ter uma postura imparcial;
  • Timidez: pode gerar medo de expor opiniões e de ter iniciativas, fator que atrapalha o bom funcionamento da equipe;
  • Impulsividade: agir sem pensar pode resultar em escolhas erradas e também gerar conflitos, prejudicando o clima organizacional;
  • Perfeccionismo: apesar de parecer algo positivo, essa característica pode gerar muitos problemas e atrasos nas tarefas.

Como o RH pode identificar essas competências?

É preciso certa perícia da equipe de RH para identificar competências em profissionais, uma vez que elas talvez não sejam tão aparentes ou podem ser simuladas. 

Sendo assim, qual é a melhor estratégia para reconhecer competências? Vejamos algumas dicas.

Candidatos

Em um processo seletivo, os recrutadores podem utilizar uma situação hipotética que ocorre com frequência na empresa para testar as competências dos candidatos. Talvez uma reclamação de clientes ou a solução de um problema relacionado a um projeto interno.

Outra estratégia é fazer perguntas diretas sobre desafios empresariais. Por exemplo: Como agiria se fosse líder de uma equipe cheia de conflitos entre os seus membros? Caso a empresa pedisse que criasse uma estratégia para aumentar as vendas de um produto, o que faria?

Colaboradores

No caso dos colaboradores, o RH pode utilizar aplicações virtuais que realizam o mapeamento de competências. Essas tecnologias serão inseridas em testes comportamentais, programas de treinamento e aprendizagem profissional.

Com base nos relatórios gerados pelo software, o RH entende qual é a melhor função ou cargo para determinado colaborador. Além disso, caso seja identificada uma competência de liderança, o profissional pode integrar o programa interno de desenvolvimento de líderes.

O impacto das novas competências nas gerações mais antigas

É claro que uma organização não é composta apenas por profissionais das novas gerações. Com isso, aqueles que estão acima dos 40 anos podem ter dificuldades na adaptação das novas exigências do mercado. 

Isso ocorre não só na busca por novas oportunidades de empregos, mas também em situações onde a empresa passa por um processo de inovação e precisa integrar seus colaboradores. 

Mais conectados ao mundo das ferramentas virtuais, os millennials acabam tirando vantagem dessa situação, enquanto Baby Boomers e profissionais da geração X correm para ficar atualizados com as novas demandas do mercado.

Primeiro, é importante saber que as competências mais tradicionais não ficam de fora das exigências de grandes e pequenas empresas. A novidade, no que se refere à demanda do mercado, fica por conta, principalmente, das constantes inovações no mundo online e da tecnologia. 

As antigas gerações costumam ser mais comprometidas e leais. O desafio é saber como desenvolver as novas competências e fazer com que eles se adaptem a este novo mercado. Separamos 4 dicas para te auxiliar neste processo:

  • Idealize uma política efetiva de diversidade e inclusão;
  • Mostre a esses profissionais um propósito significativo em relação ao seu papel na empresa;
  • Estabeleça uma boa comunicação;
  • Invista na capacitação desses profissionais, pois eles costumam valorizar  novas oportunidades de aprendizagem.

Como desenvolver as competências profissionais?

Seja qual for a geração do profissional, as empresas devem investir e trabalhar no desenvolvimento de competências de toda a sua equipe. Mas, como os gestores podem realizar esta tarefa? Veja abaixo algumas dicas:

Invista em treinamento e desenvolvimento

Um dos principais meios para desenvolver as competências dos profissionais é o processo de treinamento e desenvolvimento. Os treinamentos irão auxiliar na capacitação do colaborador, fazendo com que ele alcance as expectativas da empresa. 

Essa ferramenta é uma decisão estratégica do RH e pode gerar mais produtividade e eficiência nos resultados oferecidos. Além de fazer com que os colaboradores se sintam valorizados pela organização, trazendo técnicas de motivação e empenho nas rotinas de trabalho. 

A empresa também deve incentivar sua equipe a participar de cursos e seminários externos, mostrando os benefícios e os efeitos disso em suas carreiras. Atualmente, existem diversas opções acessíveis e online que facilitam o aperfeiçoamento dos profissionais. 

Mas lembre-se: a empresa precisa promover a parte prática do que foi ensinado. Dinâmicas e outras atividades são ótimas opções para concretizar o aprendizado.

Dê feedbacks

Outra prática fundamental é oferecer feedbacks constantes. Esse retorno transparente falando sobre a avaliação de desempenho por competência dos profissionais aumenta o rendimento da equipe e proporciona melhores resultados. 

É essencial que o colaborador saiba o que a empresa espera dele, como ele está atualmente no desempenho de suas funções, quais são os resultados individuais e coletivos a serem alcançados, etc. Essa comunicação aberta e clara é o segredo para gerar um bom desenvolvimento.

Lembre-se também de incentivá-lo e fazer com que seja uma conversa cordial, mostrando-lhe que os feedbacks são importantes para o avanço de sua carreira. 

Faça reuniões constantes

As reuniões constantes com a equipe é uma ótima forma de melhorar a comunicação com seus colaboradores. Pelo menos uma vez por semana, é fundamental que os gestores ouçam os profissionais e avaliem as questões apresentadas.

Assim, é possível orientá-los e incentivá-los para uma melhor performance em suas funções e tarefas na organização. Além de identificar os pontos que precisam ser melhorados e planejar futuros treinamentos.

Valorize as diferenças

Lidar com a diversidade também é um fator importante para desenvolver competências. Os gestores precisam saber valorizar as habilidades individuais de cada profissional e entender a importância de uma empresa heterogênea, que comprovadamente possui um maior potencial de crescimento. Afinal, se todos reagissem iguais, novas sugestões e estratégias não surgiriam. Dessa forma, é possível extrair o melhor de cada colaborador.  

Principais benefícios dessa gestão na sua empresa

Embora a gestão por competências seja um processo valioso e essencial para as empresas, alguns gestores ainda não entendem os benefícios reais dessa prática. 

Para esclarecê-los, elencamos os principais:

  • Aponta os objetivos e a visão do negócio em comportamentos esperados no colaborador;
  • Gera oportunidades de crescimento e desenvolvimento de carreira;
  • Implementa um processo de recrutamento e seleção eficiente;
  • Identifica áreas de desenvolvimento do profissional ligada aos resultados e objetivos da organização;
  • Cria critérios válidos e eficazes para desenvolvimento e avaliação de desempenho;
  • Determina onde o investimento em treinamento terá o maior retorno (ROI);
  • Identifica as lacunas de habilidades necessárias para o sucesso da empresa;
  • Garante retenção das competências essenciais;
  • Estimula os colaboradores a assumirem suas carreiras, direcionando o desenvolvimento e melhoria contínua;
  • Direciona a cultura da empresa.

Sem dúvidas, as competências profissionais são fundamentais para a gestão do capital humano das empresas. Quando o RH investe nessa prática, fica mais fácil atrair e reter os talentos profissionais. Sem falar da conquista de excelentes resultados para o negócio.

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