Não deve ser novidade para você a luta dos trabalhadores pela diminuição na jornada de trabalho, as famosas Short Fridays ou semana de 4 dias úteis, em prol de mais qualidade de vida, certo?

E, pasme: os números comprovam que, apesar de menos tempo dedicado às funções, essas formas de atuação apresentam resultados positivos para as companhias e para os trabalhadores.

No ano passado, 21 empresas brasileiras participaram do projeto-piloto e o retorno foi extremamente satisfatório. A proposta sugere uma abordagem 100/80/100: 100% do salário, por 80% do tempo e 100% de produtividade.

Logo nos primeiros resultados, divulgados pela Forbes Brasil, 82,4% dos profissionais tiveram melhoria na energia durante o trabalho; 61,5% afirmaram uma percepção de melhoria na execução dos projetos; 58,5% disseram se sentir mais criativos; e 62,7% notaram uma redução significativa no estresse.

Ou seja: a duração da jornada de trabalho afeta diretamente a produtividade, a satisfação e os resultados do trabalhador. E cabe a você, gestor, reconhecer e adaptar as estruturas da companhia para garantir entregas mais assertivas e eficientes. Mas como?

É o que veremos neste material! Hoje, explicaremos mais sobre Short Fridays e jornadas de trabalho na semana de 4 dias, além de:

  • explorar a importância da qualidade de vida no trabalho;
  • formas de aplicar a flexibilização da jornada;
  • como alcançar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
  • como essas jornadas afetam a produtividade no ambiente de trabalho.

Vamos lá? Boa leitura!

Principais aprendizados

  • Modelos de jornada flexíveis aumentam a produtividade e o bem-estar. Investir neste modelo de atuação melhora a energia e criatividade dos empregados; 
  • Empregados mais descansados e satisfeitos são mais motivados e comprometidos, o que impacta diretamente fatores como a permanência no cargo; 
  • A implementação das “Short Fridays” depende de diretrizes bem estabelecidas, focada e com boas ferramentas de organização
  • A liberdade da jornada flexível também exige equilíbrio, cultura de confiança e estrutura de apoio ao trabalhador. 

O que são Short Fridays e semana de 4 dias?

Short Fridays é o termo em inglês para “sexta-feira curta”, um modelo de trabalho em que o expediente no último dia útil é reduzido, ou seja, o trabalhador é liberado mais cedo, geralmente, depois do almoço. Em outra abordagem, também é possível que as pessoas entrem no trabalho mais tarde.

Já a semana de 4 dias é uma abordagem que reduz o tempo de prestação de serviço semanal: em vez de trabalhar de segunda a sexta-feira, o empregado atua de segunda a quinta-feira, por exemplo.

Em ambas as abordagens, o objetivo é o mesmo: diminuir o período do trabalhador na empresa, sem diminuição da produtividade ou do salário, para garantir mais qualidade de vida e mais liberdade para a gestão do tempo livre.

Por que as tendências de flexibilização da jornada cresceram tanto no Brasil?

Parte da expansão dos movimentos como Short Fridays e semana de 4 dias se deu pelo Movimento VAT — Vida Além do Trabalho, criado por Rick Azevedo, influenciador digital e vereador pelo Rio de Janeiro.

A ideia do projeto é equilibrar a relação profissional e pessoal por meio de mais tempo fora do local de trabalho, sem, contudo, afetar a produtividade e as entregas. Dessa forma, o trabalhador tem mais tempo para lidar com a própria vida, enquanto garante resultados de qualidade para a empresa.

E, como já mencionamos, os números comprovam a eficácia desses modelos. Afinal, um empregado mais descansado e satisfeito tende a trabalhar melhor e, consequentemente, apresentar melhores entregas.

O que diz a lei sobre as jornadas flexíveis?

Apesar do crescimento popular de conversas sobre Short Fridays e outros modelos de trabalho mais flexíveis, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) não traz uma legislação específica sobre o tema. Contudo, o texto oferece mecanismos que permitem mudanças na jornada laboral. Alguns são:

  • acordo individual ou coletivo (artigo 59-A);
  • banco de horas (artigo 59, § 5º);
  • jornada parcial (artigo 58-A);
  • trabalho híbrido e teletrabalho (artigo 75-A e seguintes).

Contudo, lembre-se: mesmo flexibilizada, a jornada deve respeitar o que diz a CLT. Caso contrário, o empregador pode sofrer as consequências trabalhistas.

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Benefícios inovadores da jornada flexível: como a qualidade de vida no trabalho assegura resultados mais satisfatórios?

O bem-estar corporativo vai muito além da entrega de bons resultados e reflete em uma satisfação significativa para o empregado. Esse ciclo aumenta as chances de pessoas mais engajadas, interessadas e felizes com o trabalho, e impacta diretamente a forma como os indivíduos atuam.

Veja a seguir as principais vantagens das Short Fridays e de outros modelos flexíveis para profissionais e empresas.

Melhoria na qualidade de vida

Com mais tempo livre, o empregado consegue se dedicar à família, ao descanso, ao lazer e ao próprio desenvolvimento. Essa distribuição mais equilibrada do próprio tempo garante a possibilidade de repouso ou atividades mais focadas no próprio bem-estar.

Redução do estresse

Com uma jornada de trabalho reduzida, o indivíduo enfrenta menos risco de sobrecarga. Ou seja, ele fica menos propenso ao esgotamento e questões como o burnout e outras questões de saúde recorrentes, como LER (lesão por esforço repetitivo).

Aumento na satisfação e motivação

Pessoas com necessidades pessoais respeitadas são mais engajadas, realizadas e comprometidas com suas responsabilidades laborais. Respeitar as particularidades de cada trabalhador opera verdadeiros milagres na forma como ele enxerga o próprio emprego.

Aumento da produtividade

Com times mais satisfeitos e descansados, o trabalho é realizado com mais eficácia, criatividade e disposição. Aliás, pessoas mais concentradas e focadas também reduzem as chances de retrabalho e erros.

Leia também: Como aumentar a produtividade no trabalho 

Redução na rotatividade

Empregados satisfeitos tendem a permanecer na empresa por mais tempo. Essa mentalidade diminui a rotatividade e, consequentemente, os gastos relacionados a demissões, seleção, contratação e treinamentos para substituição de profissionais.

Melhoria na imagem da empresa

Com uma cultura organizacional moderna e centrada nas pessoas, a empresa fortalece a própria marca, ou “employer branding” (imagem de empregador), e atinge talentos mais competentes, alinhados com a missão, visão e valores e mais dispostos a realizar entregas assertivas.

Desafios na flexibilização: como conquistar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional?

A flexibilização da jornada proporciona liberdade, mas também tem seus desafios para o trabalhador e para a empresa. O segredo para desfrutar de modelos como as Short Fridays é encontrar um equilíbrio saudável para evitar que o trabalho invada a vida privada e que a liberdade gere falta de organização.

Para facilitar, veja, a seguir, alguns pontos de atenção e dicas para equiparar a situação de forma eficiente.

Desafios

  • Dissociação trabalho-vida: com mais liberdade, o trabalho pode “invadir” o horário de descanso e dificultar que o empregado “desligue” no fim do dia;
  • Sobrecarga de responsabilidade: com a flexibilização, o próprio trabalhador passa a organizar suas tarefas, o que exige maturidade para definir prioridades e negar o acúmulo de responsabilidades;
  • Comunicação e colaboração: com equipes distribuídas e, muitas vezes, com horários diferentes, a comunicação pode ser confusa, ruidosa ou ineficaz, o que dificulta o compartilhamento de informações e responsabilidades.

Soluções

  • Estabeleça regras e acordos: diga exatamente até que hora o trabalhador deve responder mensagens ou atuar em favor da empresa;
  • Use métodos de organização: ferramentas como calendário compartilhado, lista de tarefas e metodologias ágeis ajudam na organização, tanto por parte da empresa, quanto para o empregado;
  • Crie uma cultura de comunicação e confiança: defina as responsabilidades com assertividade e incentive a comunicação entre times. Assim, as equipes encontram sinergia para assegurar entregas com compromisso reforçado.

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A jornada flexível funciona em modelos híbridos de trabalho?

Com certeza! A jornada flexível reforça a liberdade do trabalhador quanto às próprias necessidades, mesmo durante o home office, por exemplo, em que ele realiza as tarefas de casa. Ao unir essas abordagens, você não apenas deixa o empregado mais livre, como garante mais autonomia para a resolução de problemas e fortalece o trabalho em equipe.

Afinal, os setores da companhia atuam em conjunto e, quando as pessoas estão em locais diferentes, a comunicação deve ser mais assertiva e eficiente. Essa mudança enriquece e abre espaço para trocas mais significativas.

Como implementar uma jornada flexível e ter mais produtividade no ambiente de trabalho?

A implementação de uma jornada baseada nos princípios das Short Fridays, da semana de 4 dias ou de qualquer outro modelo mais flexível exige planejamento. Quanto mais transparente a organização desde o início, mais fácil é para os trabalhadores a adaptação à nova rotina.

Para te ajudar, veja um passo a passo da transição.

1. Analise o perfil da empresa e dos times

Veja se o modelo de trabalho realmente faz sentido para o seu negócio e para as equipes. Alguns cargos exigem presença física constante, enquanto outros têm mais liberdade, e você precisa considerá-los na hora de adotar um modelo híbrido de trabalho ou uma jornada mais flexível.

2. Estabeleça diretrizes compartilhadas

Determine e comunique a todos:

  • a quantidade de horas obrigatórias de trabalho;
  • os períodos de sobreposição, para garantir encontros entre os times que atuam em períodos diferentes;
  • os canais de comunicação e prazos de resposta.

Dessa forma, você evita desencontros e eventuais atrasos nas entregas.

3. Foque resultados, não apenas presença

Considere as entregas antes do número de horas trabalhadas. Dê prioridade ao cumprimento de metas e resultados dentro do prazo, e não apenas à mera presença do empregado. Essa simples mudança fortalece o compromisso e a confiança e estimula a autogestão da equipe.

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4. Disponibilize recursos e treinamentos

Ofereça ferramentas de organização, como agendas compartilhadas e softwares de gerenciamento de tarefas. Treine os times para utilizá-los e também para a adequação à nova realidade no trabalho.

5. Aplique gradualmente

Iniciar os processos aos poucos é bastante eficiente para identificar eventuais falhas ou dificuldades no processo. Assim, você encontra eventuais problemas e corrige as questões com menos chance de impacto real nas operações antes da implementação total.

6. Monitore resultados e abra espaço para avaliações

Acompanhe métricas de desempenho e avalie:

Esse monitoramento permite “calibrar” o modelo, de modo a aumentar a eficácia e reduzir os problemas.

Como a tecnologia influencia a implementação de Short Fridays e outros modelos flexíveis?

Boas ferramentas são cruciais, não apenas para implementar, mas para acompanhar o ritmo de trabalho de jornadas mais flexíveis. Abaixo, destacamos alguns pontos em que a tecnologia atua com eficácia nas abordagens de modelos de trabalho diferenciados.

Colaboração e organização de tarefas

Softwares de gerenciamento de tarefas ajudam a organizar e delegar responsabilidades, especialmente para times remotos, por exemplo. Dessa forma, as equipes trabalham de forma autônoma, no seu próprio tempo, e você coleta resultados baseados em entregas, e não em tempo de presença.

Relatório de desempenho e métricas

Um bom sistema mensura a eficiência das entregas e coleta dados para monitorar eventos importantes. Essas informações são indispensáveis para avaliar a produtividade, cumprimento de prazos e qualidade nas entregas.

Segurança das informações e compartilhamento de documentos

Empresas lidam com muita informação sensível (nome e dados dos trabalhadores, valores, senhas de acesso). É importante contar com um software que assegure a proteção desses dados, especialmente quando compartilhados entre setores e equipes distintas.

Como escolher uma boa ferramenta?

Se você chegou até aqui, provavelmente já percebeu o quanto as Short Fridays e outras formas de trabalho flexíveis são mais do que benefícios apenas para os trabalhadores. É também uma excelente ferramenta para empresas que buscam estreitar laços e melhorar a relação com os empregados.

Mas como dar o primeiro passo? Como organizar a companhia e as pessoas para garantir a eficácia de um novo modelo de atuação profissional? Simples: com a Convenia!

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  • avalie métricas e resultados atualizados em tempo real;
  • organize, aplique e monitore avaliações de desempenho;
  • agilize rotinas, como gestão de férias, pagamentos, emissão de holerites e benefícios.

São inúmeras funções e ferramentas, todas pensadas exclusivamente para facilitar e assegurar mais segurança aos seus processos.

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FAQ – Perguntas Frequentes sobre Short Fridays

A semana de 4 dias é legal no Brasil?

Sim. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não proíbe a semana de 4 dias ou Short Fridays. Porém, a adoção depende de acordo entre as empresas e os trabalhadores. É obrigatório respeitar o que a legislação dita sobre as jornadas de trabalho flexíveis.

A produtividade realmente aumenta com a jornada reduzida?

Sim. Atualmente existem estudos, como o que foi divulgado pela Forbes Brasil, que mostram que a produtividade aumenta consideravelmente depois da adoção de jornadas flexíveis. Essas mudanças são possíveis graças ao aumento do foco e da satisfação das equipes.

Quais áreas da empresa se adaptam melhor ao modelo de Short Fridays?

Em geral, as empresas que mais obtêm benefícios são da área de administração, criação, tecnologia, atendimento ao cliente, marketing e recursos humanos. Em outras palavras, negócios que não necessariamente precisam cumprir 100% do período comercial.

É preciso reduzir o salário na semana de 4 dias?

Não. A manutenção do salário é, inclusive, uma das principais ideias que fortalecem a adoção das jornadas flexíveis. A ideia é manter a eficácia das entregas e pagamentos, enquanto reduz o tempo de jornada.

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