A inovação é um dos principais pilares para a otimização dos processos do RH. No entanto, este ponto é facilmente sufocado quando a cultura empresarial é engessada ou não consegue largar rotinas burocráticas e tradicionais.
O que fazer para mudar esse cenário? Uma excelente solução é o planejamento estratégico de RH.
Neste artigo, explicaremos melhor sobre esse tipo de processo. Além disso, ensinaremos como implementar e de que forma a tecnologia pode ajudar sua organização a se destacar no mercado.
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Entenda a definição de planejamento estratégico de RH
Explicando de maneira simples, o planejamento estratégico de RH é um procedimento que envolve a definição de metas e objetivos para diferentes setores da empresa. Atrelada a essa definição está o apontamento das ações que ajudarão no alcance do que foi estabelecido.
Na prática, o processo considera: atividades operacionais, gestão de talentos, plano de desenvolvimento individual (PDI), benefícios corporativos, clima interno e outros aspectos que impactam diretamente no capital humano.
Com base nas informações corporativas coletadas, a área de recursos humanos consegue traçar o cenário atual e futuro da companhia, antecipar tendências do mercado, realizar mudanças, identificar oportunidades e elencar soluções. Sendo assim, o RH ajuda todas as equipes a se alinharem com o propósito e metas programadas.
Acompanhe a seguir os principais benefícios do planejamento estratégico de RH:
Menor taxa de turnover
Uma área estratégica do ramo é capaz de reduzir os índices de rotatividade ou turnover de colaboradores. Isso acontece porque o planejamento auxilia na identificação de fatores que favorecem a saída dos profissionais internos.
Pode ser que o RH descubra, por exemplo, que a ausência de um plano de carreira estruturado e personalizado impacte na felicidade e engajamento dos membros do seu time. Para reverter essa situação, o setor pode elencar ações a serem implementadas, como a estruturação de cargos e regras para as promoções.
Atração de talentos
O que fazer para atrair talentos para o seu negócio? Esse questionamento precisa fazer parte do planejamento estratégico de RH.
Durante as etapas do planejamento, é importante que o setor realize uma pesquisa interna sobre o que os colaboradores valorizam e levam em consideração na hora de escolher um local para trabalhar. Outra prática importante é o benchmarking – observar o que seus concorrentes diretos e indiretos fazem para manter uma base organizacional.
Esse apanhado de dados é fundamental para traçar as estratégias de atração de profissionais. Vale lembrar que essas ações também servirão de base para a construção de uma boa employer branding (marca empregadora).
Redução de custos
Em tempos de estabilidade econômica, a redução de gastos é necessária para manter a saúde financeira do seu negócio. Para isso, talvez não seja preciso demitir colaboradores ou cortar investimentos importantes para o crescimento da empresa. A saída pode estar em outra estratégia identificada por meio do planejamento de RH.
Por exemplo, o uso de tecnologias de gestão das demandas para o DP é capaz de otimizar e automatizar demandas rotineiras, como: folha de pagamento, benefícios e financeiro. Dessa forma, os membros do time se dedicam a atividades de atração de clientes.
O resultado é a elevação da produtividade e qualidade das entregas – o que impacta diretamente na lucratividade. Já gastos com arquivos físicos, papel e licenças de programas de planilhas, são eliminados.
Maior performance
O planejamento estratégico implementa indicadores de desempenho (KPIs) e métricas em diversas áreas internas. Os dados vindos dos KPIs apresentam a realidade vivida pelos setores e suas equipes. Por meio dessas informações, os profissionais do RH podem se perguntar:
- Quais são os níveis de rendimento das áreas? Aumentaram ou reduziram nos últimos meses?
- Os colaboradores do negócio estão motivados?
- Como está o nível de eficiência das equipes? Estão recebendo treinamento e qualificação?
Ao analisar as informações por meio de questionamentos, o recursos humanos cria um cenário claro. Então, fica mais fácil determinar ações eficientes e direcionadas. Por exemplo, se ele cair, um programa de desenvolvimento de habilidades e competências, mentoria e coaching, podem ser de grande valor.
Redução de ruídos comunicacionais
“Quando a comunicação é boa, ela informa. Quando é ótima, engaja e incentiva os colaboradores a agirem”. Essa frase atribuída ao escritor e jornalista David Grossman apresenta uma realidade: a qualidade da recepção e emissão de mensagens é algo de suma importância.
Entretanto, os ruídos (interferências que atrapalham a transmissão de uma informação) impedem o bom diálogo organizacional. No cenário corporativo, isso surge quando não existem canais eficientes de interação, como: rede social corporativa, reuniões entre líderes e funcionários, eventos, plataformas colaborativas e etc.
E como o planejamento estratégico de RH pode ajudar? Justamente na identificação das falhas de comunicação e no apontamento de melhorias.
Por exemplo, para alinhar o pensamento e as estratégias de forma individual e personalizada para cada profissional, o RH pode implementar reuniões one-on-one – encontros regulares programados entre líder e liderado.
5 etapas do Planejamento Estratégico de RH essenciais para sua integração
Seguir as etapas de implementação é uma atitude essencial para a inserção deste processo na política da companhia. Dessa forma, essa prática se torna definitiva e sustentável.
A seguir, elencamos os principais passos:
Trace os objetivos organizacionais
Um bom planejamento estratégico começa com a definição dos objetivos da empresa. Somente assim, é possível realizar diagnósticos e propor ações. Mas como descobrir quais são as metas organizacionais? A primeira atitude é analisar o cenário interno.
Pergunte-se:
- Houve uma crise financeira?
- Como está o alinhamento da empresa com a legislação trabalhista e tributária?
- A organização registrou crescimento ou queda nos últimos meses?
Além disso, é importante descobrir também:
- Metas de produtividade;
- Conflitos vivenciados pelas equipes;
- Contratações e demissões feitas recentemente.
Vale ressaltar que esses questionamentos são apenas um exemplo. Cabe ao RH definir quais serão os melhores direcionamentos para análise.
Faça uma pesquisa sobre o que já foi feito
Com base nas metas estabelecidas nos anos anteriores e os dados registrados pelos indicadores de desempenho, o setor de recursos humanos consegue entender o que foi realizado (ou não) desde o último mapeamento. Para essa análise, existem alguns pontos que não podem faltar, como:
- Treinamento e desenvolvimento;
- Recrutamento e seleção;
- Planejamento estratégico global;
- Admissões e demissões;
- Relações sindicais;
- Clima organizacional;
- Desempenho da equipe;
- Turnover;
- Remunerações;
- Absenteísmo;
- Jornada do colaborador;
- Gestão de Lideranças;
- Segurança, saúde e bem-estar;
- Ações de melhoria;
- Employee Experience.
Capacite toda a gerência
Outro fator fundamental essencial é o alinhamento dos objetivos com o mindset da liderança. Sendo assim, antes de finalizar o planejamento, o RH realizará uma reunião com todos os líderes de setores. Dessa forma, é possível coletar opiniões, fazer ajustes nas metas e trocar conhecimentos.
Quando o projeto final for aprovado, é interessante fazer um treinamento com toda a gerência. O objetivo é mostrar como será o funcionamento e o atingimento dos objetivos propostos.
Construa uma análise SWOT
Nos tópicos anteriores, ficou claro que o planejamento estratégico é como “um espelho” que reflete a realidade do negócio. Para que essa imagem seja a mais real possível, o RH pode utilizar a matriz SWOT. Por meio dessa metodologia, a empresa identifica:
- Pontos fortes (Strenghts);
- Fraquezas (Weakness);
- Oportunidades (Opportunities);
- Ameaças (Threats).
Na prática, esses aspectos serão inseridos em um quadrante. Dessa maneira, os gestores visualizam cada um desses pontos e podem estabelecer quais são os prioritários.
Elabore planos de ações
Nessa fase, o RH transforma todas as informações em ações práticas e metas eficientes. O objetivo aqui é que exista um esforço em conjunto entre os departamentos na solução das problemáticas da área e da empresa como um todo.
Para alcançar os melhores resultados, os planos de ações devem ser acompanhados, mensurados e analisados por tecnologias embasadas na inteligência de dados. À medida que essas ferramentas exibem relatórios sobre o desempenho, o recurso humanos os analisa, revisa e propõe mudanças – se necessário.
Dica extra: conte com a ajuda da tecnologia
A tecnologia desempenha um papel crucial na realização de um planejamento estratégico eficiente. Por exemplo, os sistemas de informação, de gestão de recursos humanos (HRMS) e os de gerência empresarial (ERP), permitem que as organizações coletem, armazenem e administrem informações relacionadas aos colaboradores.
Essas ferramentas automatizam processos, facilitam o acesso a dados importantes e fornecem insights em tempo real, agilizando todo o processo. Com o uso de algoritmos, a tecnologia pode ajudar a prever futuras necessidades com base em registros e cenários hipotéticos.
Isso permite que as organizações identifiquem problemas potenciais com antecedência e desenvolvam estratégias adequadas para enfrentá-los. Sem dúvidas, as soluções tecnológicas são aliadas essenciais para o crescimento do seu negócio.
Ao utilizar as ferramentas virtuais, os gestores não só melhoram os procedimentos atuais como se preparam para o futuro.
Gostou do artigo? Aproveite para conhecer como funciona a área de recursos humanos baseada em inteligência de dados!