O sonho de qualquer analista ou gestor de RH é ser valorizado na organização. É fato que em diversas multinacionais ou grandes corporações, o departamento de Recursos Humanos assume papel de prestígio em discussões estratégicas e é tratado como fundamental dentro do contexto organizacional. Só que na pequena e média empresa, a área, muitas vezes composta por um Analista de Departamento Pessoal que simplesmente passa informações ao Contador, ainda conta com pouco espaço.
Pensando nesse cenário, decidimos publicar 5 dicas inusitadas para você, profissional do RH, ser mais valorizado e visto como um ativo na empresa.
1. Fazer amizade com as métricas
Dados e métricas são o futuro (e, em alguns casos, o presente) do RH. Para os que não estão familiarizados com a expressão, People Analytics é o uso de dados e métricas para pautar as decisões tomadas em Gestão de Pessoas — uma área tanto tempo relegada somente ao achismo e feeling dos gestores. Esse tipo de prática já vem sendo aplicado com resultados significativos em grandes empresas, tais quais Itau Unibanco, IBM e Accenture.
Mas o fato de o People Analytics ainda não ser amplamente difundido na pequena e média empresa só se configura como uma oportunidade preciosa para que o profissional de RH de empresas de menor porte inove e se destaque. Por meio da análise, cruzamento e interpretação de dados, o profissional de Recursos Humanos consegue tomar melhor decisões sobre:
- Turnover;
- Recrutamento e Seleção;
- Avaliação de Desempenho;
- Pesquisa de Benefícios;
- Gestão de Headcount;
- dentre outras.
2. Fazer amizade com a tecnologia
No final das contas, essa segunda dica é uma consequência da primeira: fica mais fácil se aproximar das métricas se você está apoiado em instrumentos especializados em agrupá-las e medi-las. E esses instrumentos sobre os quais estamos falando são tecnologias especializadas na gestão de RH, ou seja, parametrizadas para a execução de tarefas como controle de férias e cálculo de folha.
Hoje a maioria das métricas do RH são compiladas em planilhas de Excel. Mas para usar dados e métricas com eficiência, e assim ser visto como um verdadeiro ativo na empresa, é importante que o profissional de Recursos Humanos utilize aplicativos que foram construídos especificamente para o RH.
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Em uma pesquisa que o Convenia conduziu com de mais de 350 profissionais de RH de empresas brasileiras dos mais variados portes, mais de 50% responderam que investiriam R$ 1.000,00 em softwares de Departamento Pessoal em 2017; e 68,5% afirmaram que o orçamento da área aumentaria para este ano. São sinais de que a amizade entre RH e Tecnologia pode se estreitar este ano — e que você pode aproveitar essa onda.
3. Ser menos braçal e mais cerebral
Enviar aviso de férias, vincular colaboradores ao plano de assistência médica, atualizar os dados bancários de um funcionário. Percebe o quão burocráticas e braçais são atividades como essas? Como elas não agregam valor estratégico à área?
Apesar de tudo, estamos falando de rotinas obrigatórias, que, se não realizadas corretamente, geram passivos para o empregador. O segredo, portanto, é automatizar ao máximo essas atividades para que o “braço” possa atuar como “cérebro” nas atividades estratégicas do RH.
Imagine um analista de RH que passa 80% de seu tempo fazendo gestão de admissões, desligamentos, férias e cálculo de folha de pagamento; e 20% participando de entrevistas. Caso ele automatize as atividades burocráticas de Departamento Pessoal com um software, o percentual que elas passariam a ocupar em sua rotina pode chegar a menos de 50%, de modo que haja mais tempo parar se dedicar às entrevistas — e, por que não, a Avaliação de Desempenho, Treinamento e Políticas de Retenção.
4. Aproximar-se do departamento Financeiro
Dentre as principais sacadas para o profissional do RH ser visto como um ativo na empresa, a aproximação com a área de Finanças reside no começo da lista.
Pensa o seguinte: todas as ações da empresa são praticadas, no final das contas, para gerar retorno financeiro à organização, seja a curto, médio ou longo prazo. As metas de todas as áreas — Operações, Marketing, Pesquisa & Desenvolvimento, Logística, dentre outras — podem não se relacionar diretamente com dinheiro e vendas, mas o desencadear das práticas vai sempre resultar em algum objetivo monetário.
Com Recursos Humanos não é diferente. Só que a falta de contato frequente com números pode criar uma miragem na cabeça do profissional de RH e levá-lo a crer que todas as suas tarefas devem ser analisadas qualitativamente (algumas práticas devem, de fato, ser analisadas sob prisma qualitativo, mas não todas).
Usar dados de contratações, desligamentos, turnover e custo de benefícios com algumas métricas de Finanças, como quais Receita Líquida, EBIDA, Lucro Operacional, é um bom exemplo da aproximação entre RH e Finanças.
5. Conhecer as outras áreas da empresa
Aproximar-se do departamento financeiro é importante. Mas conhecer como funcionam todas as áreas da empresa é fundamental também ao profissional de RH que quer ser visto como um ativo.
O RH de muitas organizações se caracteriza como um departamento isolado, que se comunica com alguns colaboradores que precisam tirar dúvidas trabalhistas ou que possuem alguma reclamação acerca do chefe ou do colega de área. Ou seja: o envolvimento com profissionais de outras áreas é reativa.
Estamos propondo uma interação proativa do profissional do RH: passar algumas horas junto com colaboradores de Vendas, do Marketing, de Logística e de outros departamentos para entender como eles funcionam, quais são as principais métricas utilizadas e como cada um se encaixa no contexto organizacional.
Em longo prazo, essa nova postura pode gerar dois efeitos positivos ao profissional de RH:
- ter visão mais clara de qual profissional contratar para as outras áreas, por ter entendido como elas funcionam;
- entenda como algumas de duas atividades diárias impactam os resultados de outros departamentos
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